domingo, 29 de agosto de 2010

CARACTERÍSTICAS DE DIFERENTES FORMAS DE EDUCAR

Não se estranha que diferentes opiniões sobre como educar, possam gerar conflitos entre pais ou com avós.À medida que o tempo passa tornamo-nos cada vez menos aventureiros, mais conservadores, mais egocêntricos e até mais egoístas.
Simultâneamente, o Mundo À nossa volta vai mudando.Mudam as relações entre as gerações e entre os sexos, as correntes de opinião e os regimes políticos dominantes, os hábitos, os passatempos e os vícios, as modas, o estatuto social das profissões, alteram-se as aspirações e os projectos de vida dos mais novos.Estas transformações são uma força constante que tende a separar gerações.

Todavia, algo é certo e imutável nos seus resultados.Podemos ser bons ou mau educadores sob o ponto de vista pedagógico mas se estivermos sempre presentes com o nosso amor praticado de forma incondicional, nunca teremos sido maus pais.

QUAL É O SEU ESTILO DE PARENTALIDADE?

ESTILO NEGLIGENTE

- Os pais negligentes fogem às inconveniências, respondendo evasivamente aos pedidos das crianças.O seu controlo e baixa responsividade são de baixo nível, não sendo afectivos, exigentes ou comprensivos.
Os filhos são mantidos à distância, satisfazendo-lhes apenas as necessidades básicas.Não dão apoio continuado aos filhos, envolvem-se pouco na socialização da criança, não a supervisionam,
enquanto os pais permissivos estão envolvidos com os filhos, os negligentes estão centrados em si próprios.
As relações afectivas entre pais e filhos tendem a diminuir a longo prazo e até a desaparecer, restando uma mínima relação funcional.

QUAL É O SEU ESTILO DE PARENTALIDADE?

ESTILO PERMISSIVO

- Os pais permissivos são compreensivos, tolerantes e afectuosos.Evitam o exercício da autoridade ou a imposição de regras e restrições.Não conseguem estabelecer limites, permitindo comportamentos desadequados.Não exigem comportamentos maduros ( «boa educação», cumprimento de tarefas ), permitindo às crianças que regulem o seu próprio comportamento, tomem as suas decisões e utilizem poucas regras na gestão do dia a dia ( horas de deitar, refeições, tempo para televisão, etc.). Tentam portar-se de maneira não punitiva e receptiva diante dos desejos e acções da criança; apresentam-se aos filhos como um recurso para a realização dos seus desejos e não como um modelo, ou um agente responsável por moldar o seu comportamento.

QUAL É O SEU ESTILO DE PARENTALIDADE?

ESTILO DEMOCRÁTICO

- Há dados que sugerem que uma educação num ambiente familiar ccom poucas tensões, pode formar pessoas mais aptas a lidar com problemas e a sobreviver socialmente.
O investimento na prevenção de problemas nas relações pais-filhos, contribui para um desenvolvimento mais saudável das crianças.
Os pais democráticos caracterizam-se por serem simultâneamente tolerantes e exigentes com os seus filhos.
Existe reciprocidade, respondendo os filhos às exigências dos pais, aceitando estes as responsabilidades de responderem aos pontos de vista dos filhos e às suas razoáveis exigências.
A negociação e o compromisso existem.
Os limites são bem definidos pelos pais, direccionam as actividades das crianças de maneira racional, incentivam o diálogo e exercem controlo nos pontos de divergência.
Estimulam nos filhos o estilo «explicativo optimista», interesses e estilos próprios.
Há uma disciplina indutiva, que envolve práticas que comunicam à criança o desejo dos pais de que modifique o seu comportamento, induzindo-a a obedecer-lhes.
Implica direccionar a atenção da criança para as consequências do seu comportamento e para as exigências da situação.
Práticas deste tipo envolvem explicações sobre regras, princípios, valores, advertências morais, apelos ao orgulho da criança e ao amor que sente pelos pais, explicações sobre as implicações maléficas ou dolorosas de certas acções para os outros e para si mesma.
Pais democráticos estabelecem regras, enfatizam-nas consistentemente, supervisionam a conduta das crianças, corrigindo atitudes negativas e recompensando atitudes positivas.
Estes pais têm altas expectativas sobre os filhos, em termos de responsabilidade e maturidade.
São pais afectuosos, responsivos às necessidades dos filhos e solicitam a sua opinião quando conveniente, encorajando a tomada de decisões e proporcionando oportunidades para o desenvolvimento das aptidões.
Os filhos de pais democráticos têm sido associados a aspectos positivos, como a assertividade, maturidade, responsabilidade social, conduta independente e empreendedora, alto índice de competência psicológica e baixo índice de disfunção comportamental e psicológica.

QUAL É O SEU ESTILO DE PARENTALIDADE?

Revê-se em que estilo?

ESTILO AUTORITÁRIO - a obediência e o respeito do seu educando pela autoridade é obtido pela imposição.
Se o afecto, a reciprocidade e o equilíbrio de poder não estão presentes entre as partes, o desenvolvimento da criança pode ser prejudicado, tal como as relações que ele venha a estabelecer com outras pessoas.
Estes pais são exigentes, pouco tolerantes e compreensivos, tornando as suas crianças em submissas e conformadas.
Aplicam punições físicas, privação de privilégios ou ameaças, que compelem a criança a adequar o comportamento às reacções dos pais.
Desencoraja-se o diálogo, valoriza-se a manutenção da autoridade, interferindo na capacidade de a criança ajustar o comportamento às situações.
O ambiente emocional caracteriza-se por reduzida troca de afecto e ausência de estímulo e de encorajamento.
É favorecida a ausência de auto estima na criança, pois impede a negociação.
A autonomia para tomarem decisões é fraca.
Podem até ter bom rendimento escolar, mas estudos revelam que filhos de mães autoritárias exibem comportamentos agressivos, mentem fácilmente e são socialmente retraídos, depressivos e ansiosos.
Noutros estudos, estas crianças revelam um desempenho escolar moderado, mas com pouca desenvoltura social, baixa auto-estima e alto índice de depressão.

A responsividade revela-se no apoio e aquiescência, que favorecem a individualidade e a auto-afirmação dos filhos e existe sempre em que os pais são dialogantes e afectuosos, assumindo a responsabilidade de aceitarem os pontos de vista e as razoáveis exigências dos filhos.

O estilo autoritário resulta da combinação entre altos níveis de controlo e baixa responsividade.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A LIBERDADE VIA INTERNET

Antes da revolução tecnológica, os pais controlavam com facilidade a informação e exerciam a autoridade com relativa facilidade. Os filhos procuravam a liberdade fora de casa e identificavam-se com os contestatários, sem que os pais soubessem bem o que se passava no exterior.
As 1ªs experiências fora de portas assemelhavam-se a rituais de passagens.

Os filhos de hoje, já nasceram em famílias mais democráticas e os pais, inundados por estórias terríveis, educam « a medo » e centram as suas preocupações na protecção face à rua: as crianças nas grandes cidades e subúrbios não brincam na rua e não vivem aventuras no campo ou na praia, como era habitual nos livros dos «Cinco» de Enid Blyton, que quase todos os pais leram.

Como não se cresce sem afrontar a ordem estabelecida, por pouco que seja, os «novos» filhos rápidamente descobriram que a liberdade necessária se encontrava em casa, mais precisamente na Internet e sem necessitarem de contestar a autoridade parental.

Inicialmente, ao permanecerem no quarto por muitas horas, não pedindo para sair, solicitando pouco dinheiro, não telefonando aos amigos, os pais ficavam muito contentes, quando o que faziam no seu tempo era estar fora de casa e do controlo parental.
Simplesmente, não entendiam a forma diferente como os filhos socializavam.

Posteriormente, «saltaram» os perigos da Internet, possívelmente uma preocupação exagerada face aos milhões de utilizadores, em que habitualmente a forma mais pedagógica de exercerem a sua parentalidade era pouco utilizada, como o diálogo, a supervisão discreta, pois não serão os novos dispositivos electrónicos a proporcionarem controlos paranóicos.

A estrutura familiar e a forma como a famíla se organizou tem mudado, havendo já uma minoria muito elevada, que não corresponde à família tradicional e em que os pais sentem, em boa parte dos casos, que «andam sempre atràs do prejuízo», isto é, têm mais dificuldade em acompanhar a utilização deste meio, perdendo ou sentindo diminuir a sua autoridade que derivava do seu saber incontestado.

A confiança recíproca e a comunicação multidimensional terão que ser a chave de modo a se organizarem com uma família aberta.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

POUCO INTERESSE EM SER PROFESSOR

O nº de candidatos aos cursos superiores na área da Educação caiu de 6013 para 1419, entre 2000 e 2009.

Segundo a Presidente da Assoc. Sindical de Prof. Licenciados, isto está relacionado com o nº de 50.000 desempregados sé este ano.
Tal provoca desencanto com a profissão, bem como instabilidade contratual.

Segundo o Secretário-Geral do Sindicato Nac. e Dem. dos Professores, Carlos Chagas, o desgaste é o principal motivo, causado pela redução de autoridade dos professores e ainda por passar um 1/4 do sseu tempo a preencher papéis, responsabilizando o Ministério da Educação por tal.
Considera que dentro de 4 ou 5 anos vamos ter que contratar professores ao estrangeiro.

UNIVERSIDADES DE LX E PORTO NAS 500 MELHORES DO MUNDO

Segundo o Ranking of World Universities, da Universidade de Jiaotong, de Xangai na China, numa lista fortemente criticada por manter em lugar cimeiro as Escolas dos EUA e deixar de fora as instuições europeias, as n/ Universidades aparecem entre o 401º e o 500ª lugar.

As universidade de Harvard, Berleley e Stanford ocupam os 3 1ºs lugares.

O outro ranking de referência, é o Times Higher Educations World University, do Reino Unido.

A Comissão Europeia quer construir um novo, com o objectivo de dar aos alunos mais informação sobretudo das Escolas Europeias.

É A INCOMPETÊNCIA TERNA E SOLIDÁRIA?

Fazer de mais e melhor é perigoso?
Quem não já conheceu pessoas que por bem fazerem foram corridos dos seus lugares ou caluniados?

A eficiência chateia, já que rápidamente se torna «perguntadeira» e reivindicativa!
A incompetência não só odeia o longo prazo ( dá cá uma trabalheira pensar em tudo e ainda por cima organizar o que será preciso fazer para lá chegar ), com adora o curtíssimo prazo, com a sua simplicidade imediata, em particular quando tem implícito ajudar um amigo, que depois nos ajudará e isso dá sempre muito jeitinho.

A incompetência é terna e solidária, enquanto que o profissionalismo, a competência pura e dura, são impopulares e serve para que o «polvo» da incompetência use o tempo que não gasta a produzir trabalho e apresentar resultados, em unir os seus tentáculos com a produção de justificações da «treta» e a unir os seus tentáculos a atacar os que brilham e acusarem estes, do seu trabalho não poder ser orientado para o bem comum , porque provávelemente o que eles querem é protagonismo, porque o competente, o que se destaca por bem fazer, só pode ser um vaidoso.

Há incompetentes que se juntam em grupos, que independentemente da mudança das lideranças, seja numa Escola, numa repartição de Função Pública ou em qualquer organismo de uma Empresa Pública, para que possam proteger-se uns aos outros.
Os que se mantém independentes e dedicados ao trabalho, boa parte das vezes são ostracizados, quando não acabam na prateleira.
Ai, se o Poder ou quem o tem, não se amedrontasse, em vez de Yes Men procurasse rodear-se de indivíduos actuantes.

As crianças imitam os modos de vida dos adultos.
Não são só os filhos dos bairros desfavorecidos, que «levam» com menos bom exemplos. Os da classe média e dos bairros favorecidos, são bastas vezes ensinados a privilegiar a amizade dos filhos dos ricos aos dos que não são ricos, já que uma boa «amizade» pode aarranjar mais fácilmente uma boa colocação do que um bom curso com uma boa classificação a be dantes até servia parons casamentos.

As escolas públicas, sobre o manto da igualdade e da inclusividade, forçam os melhores alunos a trabalhos de grupo com os piores, quando estes nem nisso estão interessados, sem se aperceberem que estão a dar aos melhores alunos a provar, uma antevisão do inferno profissional em que querem que eles venham a viver.

Safa, que ser competente, não basta o nosso trabalho e inteligência, também é preciso muita resistência para fugir dos medíocres ou banais.

É que a estes não lhes basta o conforto da sua existênciazinha, têm que atrapalhar os outros que não querem ser como eles.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O BLOG VAI DE FÉRIAS

O Blog da Pedro de Santarém vai de férias.
Estaremos de volta a partir de Setembro.

Queremos agradecer a todos aqueles que contribuiram para a sua implantação, através da sua leitura e das mais de 2000 entradas verificadas em menos de 1 ano.

Queremos também reforçar o desafio de participação activa dos seus leitores, seja através da crítica aos textos, como no envio de material/textos para publicação.

Um Blog não deve viver sómente da sua consulta/leitura mas da inter-actividade entre os seus leitores, pois além de um espaço de leitura, serve para discutir todos os temas que sejam caros aos seus participantes, que no nosso caso em termos gerais é sobre a Educação e em termos mais específicos sobre a Escola Pedro Santarém e no mais importante de tudo, sobre os alunos da Escola Pedro Santarém.

Voltaremos em menos de um mês.
Até lá, excelentes férias para todos!