segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ALUNO MALCRIADO VERSUS PROF. DESCONTROLADO

O professor da Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto, que em Abril deste ano terá agredido um aluno do 8.º ano no seu gabinete tem até à próxima sexta-feira para responder à proposta da Inspecção-Geral de Educação (IGE) de suspendê-lo da actividade lectiva por um período de 90 dias.


Só depois de cumprido o dever de audição é que a decisão poderá ser ratificada pelo director da Direcção Regional de Educação do Norte e, assim, passar à prática. Além da suspensão das funções lectivas, a IGE propõe também o afastamento do docente do cargo de director da escola, que vinha desempenhando nos últimos anos.



Embora o professor tenha negado as agressões, os factos, ocorridos em meados de Abril passado, foram presenciados por outros dois docentes. O aluno, hoje a frequentar uma escola em Matosinhos, foi chamado ao seu gabinete depois de ter passado pelo exterior de uma sala de aula onde decorriam actividades lectivas, fazendo o seguinte comentário: "Esta escola é uma merda!". O professor, segundo as testemunhas, encostou-o à parede e apertou-lhe os testículos.

Este caso não deixou ninguém indiferente, particularmente a comunidade escolar, com alguns professores a referirem que a imagem do Garcia de Orta saiu denegrida devido à repercussão mediática que o caso teve na altura. Também a mãe do aluno apresentou queixa na PSP e o caso já está na esfera do Departamento de Investigação e Acção Penal.

Ao que o PÚBLICO apurou, no início do último ano lectivo a mãe do aluno terá falado com o director da escola, no sentido de sensibilizá-lo para a particularidade de o seu filho ser um jovem emocionalmente frágil. Quando o caso rebentou, houve quem se lembrasse do cuidado que a mãe teve logo no início as aulas, assegurou ao PÚBLICO uma professora do Garcia de Orta. A mesma fonte lembra que a mãe conhecia bem a escola, já que este era o terceiro filho que ali tinha a estudar.

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