terça-feira, 13 de setembro de 2011

MINISTRO CRATO AFIRMA QUE ESTUDO DA OCDE ESCONDE REALIDADE

                
O relatório “As Perspectivas da Educação 2011” mostra que a taxa de obtenção do diploma do secundário subiu 34 por centoO relatório “As Perspectivas da Educação 2011” mostra que a taxa de obtenção do diploma do secundário subiu 34 por cento.
O ministro da Educação desvalorizou hoje os resultados de Portugal no relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), no qual surge como o país com maior taxa de obtenção de diplomas do ensino secundário.
                        Nuno Crato sublinhou que a taxa de sucesso de 96 por cento dos alunos do secundário inclui o programa Novas Oportunidades, o que “inflaciona em muito os números”.

Para o ministro da Educação, o relatório da OCDE apresentado hoje em Paris “esconde a realidade” do país.

“Temos sido muito críticos em relação a distribuir diplomas porque isso não resolve os problemas do país. O que resolve é a formação”, defendeu Nuno Crato no final de uma reunião de quatro horas com o Conselho Nacional de Educação.

O relatório “As Perspectivas da Educação 2011” mostra que a taxa de obtenção do diploma do secundário subiu 34 por cento de 2008 para 2009, colocando Portugal com a maior taxa de aumento na obtenção de diplomas do final do ensino secundário, apenas rivalizando com a Eslovénia.

Porém, o país encontra-se, juntamente como o Brasil, México e Turquia, num patamar muito inferior ao maioria dos países da OCDE já que mais de metade daqueles entre os 25 e os 64 anos não completaram o ensino secundário.

No documento refere-se que o programa ‘Novas Oportunidades’ foi lançado em 2005 para oferecer uma segunda oportunidade àqueles que interromperam os estudos numa idade precoce ou que estão em risco de o fazer, ou ajudar aqueles que já estão entre os [trabalhadores] activos mas desejam aumentar o seu nível de qualificações”.

“Estamos preocupados com a qualificação real dos portugueses”, garantiu o ministro, lembrando que as Novas Oportunidades estão “em avaliação profunda,
“para tentar perceber a real empregabilidade dos centros”,  reconhecendo que “no programa existem coisas boas mas também coisas que foram feitas para as estatísticas”.


As Perspectivas da Educação 2011 apontam para um aumento “sensível” dos salários dos professores do primeiro ciclo do ensino secundário (após 15 anos de carreira) em Portugal, em percentagem do PIB por habitante, entre 2000 e 2009, ao contrário da tendência geral no espaço da OCDE.

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