quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FENPROF «SOLIDÁRIA» COM A MINISTRA DA EDUCAÇÃO

O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, criticou hoje a utilização de crianças em manifestações contra os cortes no financiamento público aos colégios privados, classificando-a de "ilegítima".
Mário Nogueira criticou os proprietários dos colégios particulares que classificou de “gente que construiu impérios”.

“Nós percebemos que quem ganha muito dinheiro durante alguns anos depois fique aborrecido quando perde esse dinheiro e, portanto, conteste. Agora, há coisas que têm os seus limites e utilizar as crianças para conseguir os seus fins é um bocado ilegítimo”, disse Mário Nogueira. Em declarações aos jornalistas em Coimbra, à margem da entrega de pedidos de impugnação contra os cortes de salários, o responsável da Fenprof defendeu “mais respeito pelos alunos e muito respeito pelos professores”.

Embora frisando o “espaço muito importante” do ensino particular em Portugal, nomeadamente “quando a escola pública não dá resposta”, defendeu o seu financiamento pelo Ministério da Educação, mas recusou que possa ser feito por montantes superiores ao do ensino público. “O financiamento aos colégios privados não pode ter valores superiores ao do ensino público, até porque o custo do trabalho dos professores no particular é bastante inferior ao do ensino público”, argumentou.

Mário Nogueira criticou os proprietários dos colégios particulares que classificou de “gente que construiu impérios”, disse. “Gente que conseguiu, à custa dos financiamentos, enriquecer e ter até fartas caixas de esmolas hoje não quer perder os privilégios que teve”, acusou.

Em vigor desde o final do mês passado, o diploma que altera o regime dos contratos de associação entre o Estado e o ensino particular e cooperativo engloba a redução dos apoios do Estado àquelas escolas e colégios. Em causa está a verba a atribuir por turma e ano: o Ministério da Educação diz que a verba definida, de 80.080 euros, corresponde ao financiamento do ensino público de nível e grau equivalente. As associações que representam o ensino privado dizem que esse valor é insuficiente e deveria ser de 90 mil euros

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