domingo, 27 de fevereiro de 2011

CONFEDERAÇÕES COM RETICÊNCIAS E DÚVIDAS SOBRE AS MULTAS

As confederações nacionais de associações de pais e encarregados de educação manifestaram "muitas reticências" e "dúvidas" quanto à anunciada intenção do Governo Regional dos Açores em aplicar coimas aos pais que não se envolverem na educação dos filhos.

A posição do executivo açoriano foi anunciada na terça-feira no plenário da Assembleia Legislativa Regional, onde a secretária regional da Educação, Cláudia Cardoso, admitiu a aplicação de "coimas" e "perda de direitos sociais" a quem não esteja interessado no sucesso escolar dos educandos.

O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, sustentou que a questão levanta, desde logo, "muitas dúvidas", considerando ainda "bizarro" o conceito de aplicar coimas aos pais.

"O que pergunto é se o Governo Regional quer penalizar os pais que não se envolvam nas questões educativas em sentido mais lato, como por exemplo participarem em reuniões de conselhos locais de educação ou associações de pais. Coisa diferente é penalizar os pais que não respondam quando solicitados" pela comunidade educativa, disse Albino Almeida.

Segundo o presidente da Confap, "se o propósito é penalizar os pais que não se envolvam na educação dos filhos, então trata-se de um forma bizarra de promover o envolvimento parental", admitindo ter ficado "surpreendido" com a possibilidade já que o arquipélago dos Açores em matéria de educação tem sido motivo de "referência" no país.

"É o mesmo que decretar multas a quem não se envolva na cidadania", frisou Albino Almeida, acrescentando ainda que "no caso dos deveres inerentes à responsabilidade parental as penalizações não devem ser colocadas ao nível da escola", mas alertando as instituições

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