sábado, 12 de fevereiro de 2011

MAIS UMA GREVE

‘Manif’ e greve às horas extras.
A paz na educação tem os dias contados. Mário Nogueira anunciou ontem uma manifestação de professores a 12 de Março, um sábado, no Campo Pequeno, Lisboa, e greve de docentes às horas extraordinárias, que poderá deixar milhares de alunos sem aulas. "A partir de Março e até final do ano lectivo apresentaremos pré--avisos de greve às horas extras", disse o secretário-geral da Fenprof, que não exclui uma greve de docentes durante os exames nacionais.


Tal como o CM noticiou ontem, o Ministério da Educação deu indicações às escolas para não pagarem horas extraordinárias em Fevereiro. A tutela alterou também as regras de cálculo, que passam a ter por base 35 horas semanais e não as 22 ou 25 horas lectivas que os docentes cumprem: "É violado o limite de horas de trabalho normal sem que o professor seja compensado", critica a Fenprof.

Nogueira falava na apresentação da Plataforma da Educação, que junta professores, alunos, auxiliares, pais, psicólogos e inspectores, que participarão a 2 de Abril, em Lisboa, numa ‘Marcha Nacional pela qualidade da educação’. "Juntou-nos a preocupação com os cortes de 800 milhões de euros na educação e políticas que terão impacto muito negativo nas escolas", afirmou Nogueira, que acredita na mobilização dos professores: "O que está a acontecer é mais grave do que em 2008, está em causa o emprego. Vamos lutar até onde for preciso".

Com base em informação prestada a um grupo parlamentar pelo ME, o dirigente revelou que existem "42 mil docentes a contrato", temendo-se que 30 mil percam o emprego. "Não acreditamos no primeiro-ministro quando diz que não haverá despedimentos".

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