sábado, 14 de maio de 2011

FENPROF TEME PRIVATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA

Reagindo ao programa do PSD, a federação receia que a gestão das escolas venha a ser profissionalizada numa lógica empresarial

A chamada liberdade de escolha efectivamente o que esconde por detrás é um caminho de privatização da escola pública. 
“Recordo que o modelo que se conhecia de gestão do PSD era muito próximo do que hoje existe, só que admitindo até que os directores das escolas não fossem professores, fossem puro e duro gestores”, afirmou Nogueira.

No programa, o PSD propõe uma nova carreira profissionalizada de director escolar, que permita “atrair, seleccionar, desenvolver e manter os perfis de talento e de competências adequadas às novas necessidades de liderança e gestão dos agrupamentos de escolas”.



O líder da maior organização de professores avisa: “Uma organização pedagógica não é propriamente uma empresa, os resultados têm a ver com os próprios contextos. Não se pode avançar para modelos de gestão com gestores como se as escolas fossem empresas porque não são. Trabalham com crianças e com jovens e é nessa perspectiva que a escola se deve organizar”.



Sobre a avaliação de desempenho docente, Mário Nogueira diz que não basta ao PSD anunciar que vai apresentar um modelo no início da legislatura. Os professores querem saber antes de votar quais serão as orientações, nomeadamente se mantém o sistema de quotas para as melhores notas.

O PSD defende, no documento, que deve ser generalizada a avaliação nacional no final de ciclo: testes nacionais com incidência na avaliação final para o 4.º e 6.º anos, por conversão das actuais provas de aferição, e exames nacionais para o 9.º, 11.º e 12.º, já existentes, mas com revisão do peso na avaliação final.

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